A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), lançará o programa Lares Cariocas, um modelo inovador de políticas públicas de acolhimento no Rio, que tem como objetivo possibilitar a pessoas em situação de rua o acesso imediato a moradias seguras, individuais e integradas à comunidade. Serão imóveis alugados mobiliados buscados, a partir desta sexta-feira (27/1), em locais próximos de onde vivem essas pessoas.
– A ideia do Lares Cariocas é o poder público contribuir na vida das mulheres em situação de rua para um processo pleno de autonomia. Importante destacar que o tempo é de um ano, e o nosso esforço socioassistencial será de preparar essas mulheres para não voltarem às ruas – afirmou a secretária de Assistência Social, Maria Domingas Pucú.
Inicialmente, o programa disponibilizará dez moradias por um período de um ano, beneficiando mulheres adultas, com idade de 18 a 59 anos, grávidas, puérperas ou com bebês de até 2 anos de idade. Equipes da SMAS e da Secretaria Municipal de Saúde já identificaram mulheres nessa situação e, a partir desta sexta-feira, serão buscados imóveis inicialmente no Centro e em Madureira, mais próximos delas. Depois poderão ser incluídos outros bairros no programa.
Ao participar do Lares Cariocas, o usuário receberá acompanhamento individual e familiar, durante um ano, por equipe formada por profissionais das áreas de assistência social e psicologia, em parceria com as demais políticas públicas, como saúde, educação, trabalho e renda, visando seu atendimento integral, com acompanhamento personalizado e apoio para permanecer no programa.
Modelo Housing First foi aplicado em outros países
O Lares Cariocas está baseado na metodologia do Housing First, que foi desenvolvido nos EUA e, em 2009, transformou-se em política pública e retirou mais de 80 mil pessoas das ruas. Esse modelo também foi difundido no Canadá, França, Portugal, Espanha e nos países escandinavos. No Brasil, passou a ser conhecido por meio da parceria do governo brasileiro com a União Europeia, sendo implantado em 2018 em Curitiba e Porto Alegre.
Este modelo oferece um caminho concreto para garantir direitos sociais, de maneira que as pessoas em situação de rua possam ser inseridas no contexto da cidade, criando, assim, um processo de verdadeira cidadania. O programa Lares Cariocas é muito mais eficaz do que um serviço convencional de acolhimento, com uma tutoria mais especializada e cuidados mais individualizados, além de ser um modelo bem mais econômico do que o dos abrigos convencionais. Cada pessoa em situação de rua acolhida representa um custo mensal de cerca de R$ 5 mil. Enquanto no Lares Cariocas será cerca de R$ 1,3 mil por pessoa.
O Censo de População em Situação de Rua 2020 realizado pela SMAS, em parceria com o Instituto Pereira Passos e a Secretaria Municipal de Saúde, mostrou que um dos fatores que levam as pessoas a essa situação é a falta de moradia. Com este novo programa a Prefeitura vai propiciar um lar para esse público investindo na sua autonomia e reintegração social.
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