As dificuldades enfrentadas pela Assoeva ao longo do ano de 2024 foram expostas de forma muito clara ao final da partida diante do Atlântico de Erechim, na noite desta sexta-feira, 15, no Ginásio Poliesportivo, em Venâncio Aires. Após o confronto semifinal, que acabou com o placar de 3 a 0 em favor dos visitantes e decretou a despedida do clube da Série Ouro, o técnico Vandré da Costa concedeu entrevista exclusiva ao repórter Felipe Rosa, do Olé Esporte Clube, da Rádio Terra 105.1 FM e, sem conseguir conter as lágrimas, fez um pedido à comunidade: “Não deixem a Assoeva acabar, nem se esmilinguir”.
O comandante da equipe afirmou que o elenco, recheado de jovens, fez o que foi possível durante a temporada e destacou, após quatro derrotas em sequência para o Atlântico – duas pela Série Ouro e duas pela Copa RS, ambas valendo pelas semifinais -, que é preciso reconhecer a superioridade do adversário, especialmente em virtude do investimento do clube de Erechim. Vandré também disse que se dedicou ao máximo no período à frente da Assoeva e garantiu que não sabe onde estará em 2025. “Recebi sondagens, mas não tenho nada encaminhado com outra equipe, nem conversa com a Assoeva sobre permanência”, declarou.
“Só peço perdão se não consegui ser melhor para a Assoeva. Me entreguei, cobrei, tentei ajudar. Muitas vezes, me indispus internamente. Hoje, depois do jogo, abracei cada um dos meninos, porque a gente sabe que tem um limite. Se eles fossem acima, estariam em uma equipe com um investimento maior, ou na Assoeva em um momento melhor”, desabafou o profissional. Ele ainda destacou o excelente acolhimento que teve em Venâncio Aires e a boa relação com os torcedores e a imprensa, mas reforçou que a Assoeva precisa de uma mobilização para voltar mais forte no ano que vem. “Não deixem a Assoeva passar por estes momentos que os caras estão chutando cachorro morto. Não deixem a Assoeva do jeito que está”, comentou o técnico, sem entrar em maiores detalhes a respeito do assunto.
Ele espera que, nas próximas horas, haja uma manifestação da diretoria do time de Venâncio Aires em relação a uma continuidade do trabalho ou não, mas deixou claro que, no momento, precisar ver a família e os amigos. “Estou precisando da minha família e dos meus amigos, porque eu acho que nunca passei o que passei este ano. O futuro a Deus pertence. Enxergo luz no fim do túnel pela história, pelo tamanho deste clube e pela mobilização de muitas pessoas que eu sei que estão querendo ajudar. É do coração, não tem uma definição. Acredito que a partir de hoje algumas coisas podem clarear”, concluiu.