A Prefeitura de João Pessoa realizou, nesta terça-feira (26), uma reunião com profissionais que atuam nos serviços de saúde públicos e privados para definir e alinhar as estratégias de assistência, diagnóstico e vigilância em saúde sobre o sarampo. No Brasil, este ano até o momento, foram confirmados 22 casos de sarampo importados de outros países, sendo 18 relacionados a um surto no estado do Tocantins.
O Plano de Contingência foi aprimorado e discutido de forma estratégica para alinhar as ações voltadas à prevenção de possível risco de reintrodução do sarampo no município. O encontro reuniu representantes de diversas áreas da saúde e foi promovido pela Gerência de Vigilância Epidemiológica da Capital.
“Nosso objetivo é garantir que todos os serviços estejam alinhados e preparados para identificar e responder prontamente diante de qualquer suspeita de sarampo. Sobretudo, reforçamos que a vacinação é a principal ferramenta de prevenção e a população precisa compreender a importância desse cuidado, principalmente os trabalhadores da saúde, trade turismo, profissionais de transportes públicos, aeroporto e rodoviárias”, orientou Danielle Melo, gerente de Vigilância Epidemiológica de Secretaria Municipal de Saúde.
A capacitação teve como foco também o fortalecimento das ações integradas das vigilâncias, informação sobre o bloqueio vacinal, a intensificação das campanhas de imunização nos territórios e o monitoramento constante dos cartões de vacina da população, com o apoio direto dos agentes comunitários de saúde (ACS). Estes profissionais seguem realizando a busca ativa casa a casa, identificando atrasos na imunização e encaminhando os usuários para atualização vacinal nas unidades de saúde.
A iniciativa é resultado de um trabalho integrado entre os setores de Imunização, Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e Comunicação em Saúde. Além disso, será intensificada a capacitação dos profissionais da rede municipal e privada sobre os protocolos de identificação, notificação e isolamento de casos suspeitos da doença.
Durante a capacitação, equipes da Atenção Primária, representantes das vigilâncias hospitalares públicas e privadas, e médicos parceiros discutiram os sinais clínicos da doença, os procedimentos de notificação por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e a importância da investigação rápida para o bloqueio de possíveis casos e surtos.
Além das unidades de saúde, o plano contempla ações específicas em escolas públicas e privadas, com a vacinação de estudantes e profissionais da educação que estiverem com a caderneta incompleta ou desatualizada. Outra frente importante será o trabalho junto ao trade turístico, incluindo hotéis, agências de viagens, empresas de transporte, restaurantes, promotores de eventos e demais prestadores de serviços que estão contemplados no campo de prevenção e, se necessário, será feita a atualização vacinal.
A população será sensibilizada através de ações educativas em salas de espera das unidades de saúde, com palestras e distribuição de materiais informativos sobre o sarampo, seus sintomas e formas de prevenção.
Vacinação – O esquema vacinal de rotina contra o sarampo prevê duas doses da tríplice viral, a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de vida. Contudo, a imunização não se limita à infância.
A mobilização vacinal segue ativa na Capital e a Secretaria de Saúde reforça que manter a caderneta atualizada é uma das formas mais eficazes de prevenir surtos, proteger a saúde coletiva e evitar o retorno de doenças já controladas.
O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar por meio da tosse, fala, espirros ou até mesmo pela respiração. Uma única pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas não vacinadas com quem tiver contato próximo.