O ano de 2024 foi para os gaúchos esquecerem no que diz respeito à Liga Nacional de Futsal (LNF). A ACBF, última representante do RS nesta edição, caiu nas quartas de final após duas derrotas para o Jaraguá — a segunda delas no último sábado (9).
O atual campeão, Atlântico, que entrou com a expectativa do bi, foi eliminado de forma precoce, para o Santo André, ainda nas oitavas. A derrota teve um sabor mais que amargo, já que ocorreu em casa. O Santo André, que fez a 13ª campanha da primeira fase, fez 6 a 3 no Galo, em Erechim.
Já a Assoeva ficou na 23ª posição da etapa classificatória, a penúltima, com apenas quatro pontos conquistados e uma única vitória em 23 jogos. O time de Venâncio Aires perdeu o treinador Fernando Malafaia em abril, e Vandré da Costa chegou para substituí-lo.
Na comparação com 2023, a ACBF fez uma campanha, na prática igual, já que também ficou nas quartas na última temporada — eliminada para o Joinville. O Atlântico decepcionou, e a Assoeva também regrediu, afinal chegou às quartas no ano passado — caindo para o Cascavel.
Rescaldo
Depois do fracasso na Liga Nacional, restou aos três clubes os campeonatos estaduais. O Atlântico está classificado para a final da Copa RS, após eliminar a Assoeva, mesma equipe que enfrenta nesta sexta-feira (15), às 19h, no segundo jogo da semifinal da Série Ouro, em Venâncio Aires. Na ida, deu Galo: 6 a 2.
O Atlântico também está nas quartas de final do Gauchão. O duelo de volta contra o Passo Fundo Futsal (PFF) ocorre na segunda-feira (18), às 20h. No primeiro embate, o PFF venceu por 2 a 0 em Erechim.
Já a ACBF segue na Copa RS e, nesta quinta-feira (14), recebe a SER Santiago, às 19h. É a segunda partida da semifinal. Na ida, a equipe de Carlos Barbosa goleou por 6 a 2. Os mesmos times se cruzam na semifinal da Série Ouro, competição na qual a ACBF perdeu na ida, com o sub-20, para a SER Santiago, por 7 a 4. A decisão da vaga será no sábado (16), às 19h, em Carlos Barbosa.
O que dizem os técnicos sobre a LNF
André Bié, treinador da ACBF
“Nós fizemos uma campanha boa na Liga. Só perdemos um jogo em casa. Acabamos oscilando após o jogo contra o Marreco (30 de abril) por conta de tudo o que aconteceu com a gente, o desastre climático, ficamos presos na volta, na Serra das Antas. Foi uma Liga bem equilibrada. Contra o Jaraguá, não conseguimos o resultado em casa, o que foi muito prejudicial. Lá, fizemos um bom primeiro tempo, mas tomamos um gol no final da etapa e outro no início do segundo. Foram erros pontuais, mas que foram determinantes. Fica que, se não formos competitivos ao extremo, não vamos passar dessa fase (das quartas). No geral, estamos fazendo um bom ano. Fomos campeões da Taça Lages, da Copa Sul e podemos alcançar mais duas finais, na Copa RS e na Série Ouro.”
Paulinho Sananduva, treinador do Atlântico
“Mesmo desclassificados da Liga Nacional, nosso time, na primeira fase, teve o ataque mais positivo. Isso demonstra que não perdemos a nossa característica. (Contra o Santo André, no segundo jogo) tivemos uma noite muito abaixo em casa. Ficou um gosto amargo, mas a temporada tem sido muito positiva. Ganhamos uma competição importante (Copa do Brasil) que nos dá direito de jogar a Supercopa, que é o caminho para jogar a Libertadores do ano que vem. E agora temos o desafio das três competições estaduais (Série Ouro, Copa RS e Gauchão) para que possamos terminar o ano de maneira mais positiva ainda.”
Vandré da Costa, treinador da Assoeva
“Sabemos que a Assoeva merece muito mais pela história que tem na Liga Nacional, mas sabemos que, quem tem menor poder aquisitivo, vai sofrer um pouco mais. O Rio Grande do Sul mais ainda, por problemas passados meses atrás. Que sirva de aprendizado e resiliência para os próximos anos, para fazermos melhor e colocarmos a Assoeva no patamar que ela merece estar.”